Worldreader

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O projeto oferece e-readers a escolas e comunidades com baixo nível socioeconômico da África para ajudar crianças e adultos a terem acesso a milhares de livros digitais. O trabalho melhora a leitura e escrita dos estudantes. A organização vende ainda kits de dispositivos para outras ONGs.

O projeto oferece e-readers a escolas e comunidades com baixo nível socioeconômico da África para ajudar crianças e adultos a terem acesso a milhares de livros digitais. O trabalho melhora a leitura e escrita dos estudantes. A organização vende ainda kits de dispositivos para outras ONGs.

País: África
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Problema: O mundo tem quase 800 milhões de analfabetos e 250 milhões de crianças no ensino primário sem capacidades de leitura básicas e sem habilidades de escrita, segundo a Unesco. A África subsaariana sozinha tem mais de 200 milhões de crianças vivendo em locais sem acesso a livros impressos, devido, principalmente ao alto custo para a entrega dos exemplares. Estudantes sem habilidades de leitura têm oportunidades limitadas na vida. Criado em 2010 por David Risher e Colin McElwee, o projeto pretende erradicar o analfabetismo em países de baixa renda, doando e-readers, capazes de armazenar milhares de livros.




Soluções: O projeto treina professores e alunos dos anos iniciais do ensino fundamental para usar e-readers. Ajuda também os educadores a cultivar o amor das crianças pela leitura em seus primeiros anos de estudos. Nos dispositivos, os estudantes têm acesso a milhares de histórias locais, culturalmente relevantes para eles, além de clássicos internacionais. O conteúdo pode ser acessado por um aplicativo para telefones celulares pelas famílias. Atendida pelo projeto, a jovem Doris, que vive na favela de Kibera, no Quênia, por exemplo, diz que se sente bem e livre quando lê uma história em seu e-book. A leitura é uma forma de entretenimento para ela, que quer ser médica quando terminar os estudos. Em uma escola de Gana, o projeto mudou a realidade das aulas ao oferecer acesso a 3.500 livros digitais a cada aluno. A biblioteca da escola tinha poucos livros impressos, que precisavam ser divididos por três crianças durante a aula. ONGs e outras organizações podem comprar pacotes com e-readers, chamados de Blue Box, para levar o projeto a escolas e comunidades. O valor é de US$ 6.500. Há ainda a opção de adquirir pequenos painéis solares para carregar os dispositivos.




Resultados: Com apenas alguns meses de uso dos e-readers, as crianças mostram melhorias significativas na fluência e compreensão de textos. Melhoram suas habilidades de leitura e escrita e passam a ler com frequência. O projeto inspira a criatividade e a autoconfiança. As aulas se tornam mais interessantes para elas e para os professores. O projeto cria ainda um ecossistema sustentável, para apoiar a leitura nas comunidades. Todos os beneficiados adquirem mais conhecimentos, ganham poder e mais controle para melhorar sua qualidade de vida. Os países beneficiados com e-readers são Etiópia, Gana, Quênia, Malawi, Nigéria, Ruanda, África do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue. Com cerca de 15 mil títulos disponíveis, o projeto conta com cerca de 185 mil leitores por mês, em 54 países. A maioria deles lê em telefones celulares.